O Grau de Multifuncionalidade mede a racionalidade de utilização das pessoas em um determinado espaço de trabalho é diretamente proporcional ao grau de inovação. Quanto maior o coeficiente de multifuncionalidade, maior será o grau de autonomação dos equipamentos medidos – e vice-versa;
O Grau de Multifuncionalidade:
- Não pode ser utilizado como termo de comparação entre empresas;
- Possui em sua essência o sentido de avaliar a evolução da multifuncionalidade dos colaboradores da empresa;
- É uma ferramenta com foco no gerenciamento de custos de pessoal na célula ou linha de montagem;
- É perfeitamente adequada para setores onde há uma predominância de máquinas automatizadas, o que acaba por indicar que o tempo manual do operador é muito menor do que o tempo de máquina;
- não é aplicável em uma linha de montagem onde os tempos manuais são significativamente representativos. Neste caso é necessário calcular a eficiência das pessoas alocadas nos postos de trabalho.
- Deve-se atentar para o fato de que o tempo de processamento de uma peça em um equipamento é composto por um tempo de máquina (operação do equipamento) e por um tempo manual (carga e descarga do equipamento), logo é NECESSÁRIO SEPARAR O TEMPO MANUAL DO TEMPO DE MÁQUINA!
Eficiências nos Fluxos de Produção
Desta forma, a partir da aplicação das três equações acima, conclui-se que a eficiência das pessoas deve ser calculada separadamente da eficiência da máquina. Evidentemente, em havendo tempos manuais e de máquina na formação do tempo de processamento, a eficiência correta das pessoas sempre será menor do que a eficiência de máquina conforme calculada acima, uma vez que esta não distingue entre tempo manual e tempo de máquina.
5 Características do Profissional Multifuncional
Flexibilidade
Certamente a palavra mais presente no vocabulário de um profissional multifuncional é flexibilidade, pois ele deve conseguir tocar mais de um projeto ao mesmo tempo e exercendo diferentes papéis. Isso significa que não é porque você de uma área, que não possa transitar com outras, aprender e colaborar com seus conhecimentos. Grande parte das empresas necessita de profissionais preparados para exercer as suas funções e em paralelo aprender novas atividades.
Curiosidade
Realizar uma série de funções, incluindo muitas que não são originalmente suas, exige que esse profissional tenha um mínimo de curiosidade. Ter o desejo de aprender sobre novas áreas, de maneira que as novas atribuições não sejam vistas como um peso é fundamental. É importante que o indivíduo que se vê exercendo um papel de profissional multifuncional tenha realmente o desejo de estar nessa posição, pois trabalhar sem a gana de aprender pode ser bastante frustrante.
Resiliência
Um dos conceitos mais importantes para o profissional moderno, a resiliência, é a capacidade de se adaptar a diferentes cenários sem se deixar afetar por eventuais contratempos. O profissional multifuncional deve estar sempre pronto para alterar o curso da sua carreira em prol de um melhor aproveitamento de suas qualidades. Adaptação é um dos nortes dos profissionais que são classificados como multifuncionais, pois eles são os primeiros a exercer as funções das novas demandas do mercado de trabalho.
Responsabilidade
Profissionais definidos como multifuncionais devem ser bastante responsáveis e comprometidos em desempenhar as suas diferentes tarefas. Empresas de médio e grande porte preferem optar pela fusão de setores, deixando os mesmos a cargo de um profissional em que tenham confiança. Assumir posição de liderança em diferentes setores exige muito comprometimento por parte dos profissionais.
Polivalência
Compreender que precisa assumir funções que, muitas vezes, não eram originalmente suas e desempenhar um bom papel é essencial para o profissional do futuro. Algumas profissões já tinham esse caráter polivalente, como as secretárias, por exemplo, que em diversas empresas já realizavam atividades de secretárias-executivas e de liderança para que o trabalho acontecesse dentro da lógica necessária. O profissional multifuncional não só assume novas funções, como está preparado para isso.
Referências Bibliográficas
DAVIS, Mark M; AQUILANO, Nicholas J.; CHASE, Richard B. Fundamentos da Administração da Produção. P. Alegre: Bookman, 2001.
FERRERA, Ademir; FONSECA, Ana Carla Reis; PEREIRA, Maria Isabel. Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias–evolução e tendências da moderna administração de empresas. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
TUBINO, Dalvio Ferrari. Sistemas de produção: a produtividade no chão de fábrica. Porto Alegre: Bookman, 1999.
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