1-Conceito de SETUP
É o ato de trocar e ajustar os dispositivos e ferramentas de uma determinada máquina que está produzindo um determinado tipo de peça para poder produzir outro tipo de peça.
2-Tempo de Set-up
É o tempo decorrente desde a última peça boa de um lote até a primeira peça boa do lote seguinte.
Este tempo inclui os ajustes necessários após a troca do ferramental.
3-Atividades Internas
São todas aquelas que para serem realizadas a máquina deve, necessariamente, estar parada.
4-Tempo Interno
É o tempo gasto para executar as atividades internas.
5-Atividades Externas
São todas aquelas que podem ser realizadas enquanto a máquina estiver trabalhando.
6-Tempo Externo
É o tempo gasto para executar as atividades externas.
7-Etapas Básicas de Set Up
7.1-Preparação, ajuste e verificação da matéria-prima:
- localização adequada de peças, equipamentos e ferramentas;
- estado adequado de funcionamento;
- remoção, limpeza e retorno das ferramentas do último item de trabalho ao estoque.
7.2-Montagens e desmontagens de ferramentas:
- remoção e fixações das ferramentas para o próximo lote.
7.3-Medições, ajuste e calibrações:
- centragens;
- alinhamentos;
- ajustes finos;
- medições de temperatura, pressão, vazão e etc…
7.4-Teste para início da produção e ajustes:
8-Táticas para a Redução do Tempo de Setup
8.1-Segmentar o tempo de preparação em elementos de incremento de tempo;
8.2-Estudar os elementos de tempo para possível redução;
8.3-Eliminação de medidas desnecessárias;
8.4-Modificar a estação de trabalho para uma preparação mais eficiente;
8.5-Trocar módulos, não partes;
8.6-Reduzir a necessidade de levantar peças pesadas;
8.7-Projetar características especiais para ajudar na troca;
8.8-Utilizar ferramenta de ajuste rápido.
8.9-Fazer a maior parte da preparação fora de linha;
8.10-Certificar-se que há espaço suficiente para trabalhar;
8.11-Padronizar o processo de preparação;
8.12-Simplificar o set-up para que ele se torne um trabalho que possa ser executado por uma pessoa;
8.13-Reduzir a necessidade de ajustes;
8.14-Treinar para que sejam experts em preparação;
8.15-Documentar os procedimentos de preparação;
8.16-Pedir sugestões aos operadores para melhorar a preparação;
8.17-Nunca parar de aperfeiçoar o processo.
9-Porque Reduzir o Tempo de Setup
9.1-produzir mais
9.2-reduzir custos
9.3-flexibilizar a produção
9.4-possibilitar a redução de estoques
9.5-eliminar os ajustes por tentativa e erro
9.10-possibilitar multifuncionalidade
9.11-diminuir sucata e retrabalho
10-Metodologia TRF
Passo 1 - Selecione o processo para análise:
- definição máquina;
- apresentação da máquina;
- por quê ?
- objetivos de redução e padronização;
- brainstorming inicial;
- apresentação da máquina;
- por quê ?
- objetivos de redução e padronização;
- brainstorming inicial;
Passo 2 - Estudo do Procedimento Existente:
- filmagem do setup (Quem ? Quando ? Como ? ). A filmagem deve ser feita no setup mais completo possível, contemplando atividades de Preset, laboratório, entre outras;
- relatório das atividades desenvolvidas no setup (breakdown);
- curva A-B-C de priorização;
- avaliação do vídeo / breakdown;
- classificação dos elementos internos e externos;
Passo 3 - Conversão dos Elementos Internos em Externos:
- avaliação de tudo o que pode ser convertido (pré-montagens, ajustes externos, melhoria ferramental, comunicação, análise das operações, agilização das fixações, eliminação dos ajustes, etc);
- determinação do roteiro de setup;
- plano de ação com prazos e responsáveis;
Passo 4 - Melhoria de todos os aspectos do setup:
- efetivação das melhorias avaliadas no passo 3;
- Que ? Quem ? Quando ? (responsável pelo passo 5);
Passo 5 - Execução do setup de acordo com o novo procedimento:
- programar e realizar um setup com todas as condições e melhorias avaliadas nos passos anteriores;
Passo 6 - Avaliação do objetivo:
- discutir objetivo x realizado;
Passo 7 - Padronização:
- confecção IT’s (Preset, operacional, DGQ e técnicos);
- preparar treinamento (Que ? Quem ? Quando?);
- discutir Manual de Setup.
11-Referências Bibliográficas
SHINGO, Shigeo. Sistema de Troca Rápida de Ferramenta: Uma Revolução nos Sistemas Produtivos. Porto Alegre: Bookman, 2000.
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