Lean Manufacturing: "A máquina que mudou o mundo"
James Womack
De onde surgiu essa forma enxuta de produção?
O Lean surgiu na Toyota, no Japão, após a Segunda Guerra Mundial.
O Sistema Toyota de Produção, como era inicialmente conhecido, ficou conhecido no mundo inteiro devido a entrada súbita de diversas empresas japonesas no mercado mundial, o que chamou atenção das empresas ocidentais.
Com a filosofia conhecida pelo mundo todo, o termo lean, que significa enxuto, foi utilizado então para denominar a forma de se produzir cada vez mais, com cada vez menos.
E além da redução de todos esses desperdícios, o Lean consegue trazer ainda mais benefícios para a empresa?
Além da redução de desperdícios, que adicionais:
- Organização no local de trabalho;
- Melhor aproveitamento do espaço físico;
- Aumento e melhoria da produtividade; Aumento da qualidade;
- Redução de custos;
- Adequação dos recursos à demanda;
- Redução de lead time;
- Torna a mão de obra mais estratégica.
Como eu posso implementar o Lean na minha empresa?
O Lean pode ser iniciado por meio de suas próprias ações, porém para que os resultados sejam significativos e duradouros dentro da empresa é necessário envolver todos os níveis organizacionais e fazer com que os princípios do Lean faça parte da cultura da empresa, sendo difundidos e aplicados por todos.
É importante lembrar que o Lean Manufacturing não é um projeto de melhoria, ele é um programa permanente de melhoria continua.
Em quais áreas da minha empresa eu posso implementar essa filosofia?
O Lean deve ser aplicado a todas as áreas da empresa, desde o setor de compra até o de venda, passando pelas finanças e recursos humanos.
Claro que os setores com maiores desperdícios devem ser priorizados, mas o programa deve ser aplicado como um todo na empresa, sendo uma filosofia que envolve toda a organização.
Qual é o papel da liderança na implantação do Lean?
A Liderança tem o dever de comandar a implantação do programa Lean Manufacturing, assim como mantê-lo rodando na empresa.
Para isso, o líder deve conhecer a fundo a filosofia e conhecer os reais problemas da empresa. Além disso, ele deve ser capaz de motivar sua equipe para o desenvolvimento e aprendizado Lean e criar na mente deles o senso de melhoria.
“Liderança é o que há de mais importante numa organização. Sem ela nada acontece.”
Vicente Falconi
Quais são as principais barreiras para a implantação do Lean?
O Lean Manufacturing necessita de uma mudança cultural, ou seja, uma mudança radical de mentalidade, valores e disciplina.
Talvez essa seja a principal dificuldade para a implantação da filosofia no dia a dia organizacional.
O primeiro passo para quebrar essas barreiras da filosofia, é romper as resistências às mudanças. Isso pode ser feito por meio de uma boa liderança.
A disseminação da cultura do Lean deve ocorrer de “cima para baixo”, ou seja, a alta administração deve estar comprometida com o programa antes que ele seja passado para os níveis operacionais.
Um erro muito comum que algumas organizações cometem ao tentar implementar a filosofia é a valorização do individualismo. O Lean Manufacturing é um programa em conjunto, todos devem trabalhar em equipe e os resultados devem ser repassados e comemorado por todos os níveis da organização.
Além disso, a associação de demissões em larga escala aos programas de qualidade é um dos fatores mais desmotivadores. O programa deve ser sempre relacionado ao crescimento e expansão da organização.
Valor Percebido pelo Cliente.
O ponto de partida para o Lean é o conceito de valor percebido pelo cliente. Este valor é definido em termos de produtos ou serviços específicos que têm capacidades/funcionalidades específicas, oferecidos a preços específicos para clientes específicos em intervalos de tempo.
Disso, temos três tipos de atividades em um processo:
Desperdício: Atividades que consomem recursos, tempo e espaço, mas não contribuem diretamente para produzir o que o cliente deseja. Podem ser eliminados e não comprometem o resultado.
Não agrega valor: Consomem recursos, não contribuem diretamente para o produto ou serviço, mas são altamente
necessárias.
Agrega Valor: Atividades que transformam os materiais ou as informações em produtos que o cliente deseja, ou seja,
paga por eles porque enxergam valor.
Mas afinal, o que desperdício?
Qualquer atividade humana que absorve recursos, mas não cria valor.
- Procedimentos desnecessários;
- Processamentos extras (Retoques, cortes, etc...);
- Falta de peças;
- Falha de equipamento;
- Instruções de trabalho ineficaz;
- Tempo perdido devido a acidentes;
- Controle de qualidade;
- Excesso de estoque.
Eliminando Desperdícios.
Para obter as vantagens da Manufatura Enxuta, basicamente é necessário atuar em atividades que não agregam valor, ou seja, eliminar desperdícios. Os 8 tipos mais comuns são:
1. Produção em excesso:
- Definição: Produção sem necessidade/demanda dos clientes, excesso de produtos no processo e produção por antecipação, antes do necessário.
- Definição: Tempo não aproveitado devido, transporte atrasado, medições e operações não balanceadas.
- Definição: Produtos e materiais, estocados. Estoque é dinheiro parado!
- Definição: Fluxo de material, movimentações e fluxo de informações, quando feitos desnecessariamente. Todo transporte é um desperdício, pois não agrega valor ao produto. Já que é um mal necessário ele deve ser minimizado;
- Definição: Toda correção adicional devido a um resultado não esperado, processo que tenha que ser repetido por quebra de produto ou produto não conforme.
- Sintomas: Aumento do custo, aumento das horas extras do setor de produção e gasto excessivo de material.
8. Intelectual:
8. Intelectual:
- Definição: É a subutilização da mão-de-obra no que diz respeito à capacidade intelectual, utilização de conhecimento e geração de ideias.
- Sintomas: Desmotivação dos funcionários pelo trabalho monótono e corpo executivo inchado.
- Sintomas: Desmotivação dos funcionários pelo trabalho monótono e corpo executivo inchado.
1- Tome decisões pensando sempre no longo-prazo, mesmo que no início os custos sejam maiores;
2- Crie fluxo contínuo para todos os processos, pois assim aparecererão os reais desperdícios a serem continuamente eliminados;
3- Utilize sistemas de produção puxados pela demanda, como o kanban, para evitar a superprodução;
4- Nivele os volumes de produção produzindo sempre próximo a uma quantidade média, para que se evitem assim os desperdícios e a sobrecarga de trabalho quando as demandas oscilarem;
5- Construa uma cultura de parar e resolver a raiz do problema no exato momento da sua ocorrência, para que se tenha qualidade desde o início de cada etapa/operação do processo produtivo;
6- Padronize processos e tarefas, aumentando a segurança e autonomia dos colaboradores durante o dia-a-dia, construindo assim a base para a sua melhoria contínua;
7- Pratique os 5S e utilize controles visuais para que "Tudo" seja facilmente visualizado e compreendido por qualquer pessoa, sem que haja a necessidade de fazer perguntas;
8- Use somente tecnologias confiáveis e certamente eficazes em seus processos; A tecnologia deve ser puxada pela produção, e não empurrada para ela;
9- Faça com que seus líderes conheçam, compreendam e vivam essa filosofia ensinando e servindo de exemplo aos demais, pois só assim tais princípios se transformam em cultura;
10- Invista no desenvolvimento de seus colaboradores e forme pequenas equipes em todos os níveis, pois o sucesso é baseado no conjunto e não no indivíduo;
11- Zele pelo relacionamento com seus fornecedores e parceiros como se fossem seus próprios colaboradores, oferecendo desafios e auxiliando-os no seu desenvolvimento;
12- Vá e veja você mesmo para compreender por completo como funcionam os processos, pois só assim mensurar o que deve ser melhorado;
13- Tome decisões sem pressa, por consenso, considerando todas as opções possíveis e, assim feito implemente-as rapidamente;
14- Aprenda coisas novas todos os dias e faça auto-reflexão sobre suas dificuldades e falhas, buscando sempre fazer melhor e melhor sempre.
Mas para implementar realmente, no dia a dia, quais ferramentas o Lean me oferece?
1-Jidoka;
2-Poka-Yoke;
3-Just in Time;
4-Takt Time;
5-kaizen;
6-Heijunka;
7-Trabalho Padronizado;
8-5S;
9-Kanban;
10-MASP / PDCA;
11-Mapeamento de Fluxo de Valor;
12-Andon;
13-SMED (Single Minute Exchange of Die);
16-Gestão do Posto de Trabalho;
17-IROG - Índice Operacional Global;
18-TRF-Troca Rápida de Ferramenta;
19-VSM (Mapeamento da Cadeia de Valor);
20-One Piece Flow;
21-Gestão à Vista;
22-Auditoria de processo (Gemba Walk);
23-Células de Manufatura;
24-Funcionários Multifuncionais.
Benefícios do Lean Manufacturing.
Maior organização do Trabalho: Com os processos melhores alinhados e com menos recursos em produção, o chão de fábrica torna-se mais organizado e limpo;
Redução de Área/ Espaço Físico: A organização resulta em um melhor aproveitamento do espaço, e o lean ainda contribui para redução nos estoques e inventários;
Melhoria da Qualidade: Autocontrole da qualidade do produto e do processo realizado pelo operador, contribui para eliminar ou reduzir refugos, retrabalhos e reclamações de clientes;
Aumento da Produtividade: O melhor aproveitamento de recursos que são transformados em produto final resulta em redução de retoques e retrabalhos, o que contribui significatimente para a produtividade de operadores e máquinas;
Adequação dos Recursos à Demanda: A indústria que opera com excesso de capacidade é impactada por ociosidade e maiores custos com processos logísticos. Com lean, ela elimina excessos e desperdícios;
Redução do Tempo do Processo Produtivo: A manufatura enxuta utiliza menos recursos e processa menos materiais ao mesmo tempo, o que reduz o tempo de produção de cada lote;
Maior Envolvimento dos Operadores o Processo: O trabalho do operador do chão de fábrica passa a ser melhor aproveitado e mais participativo, de modo a tornar toda a mão de obra mais estratégica.
Referências Bibliográficas
1-Jidoka;
2-Poka-Yoke;
3-Just in Time;
4-Takt Time;
5-kaizen;
6-Heijunka;
7-Trabalho Padronizado;
8-5S;
9-Kanban;
10-MASP / PDCA;
11-Mapeamento de Fluxo de Valor;
12-Andon;
13-SMED (Single Minute Exchange of Die);
14-TPM–Total Productive Maintenance–Manutenção Produtiva Total;
15-OEE–Overall Equipment Effectiveness–Eficiência Global do Equipamento;16-Gestão do Posto de Trabalho;
17-IROG - Índice Operacional Global;
18-TRF-Troca Rápida de Ferramenta;
19-VSM (Mapeamento da Cadeia de Valor);
20-One Piece Flow;
21-Gestão à Vista;
22-Auditoria de processo (Gemba Walk);
23-Células de Manufatura;
24-Funcionários Multifuncionais.
Benefícios do Lean Manufacturing.
Maior organização do Trabalho: Com os processos melhores alinhados e com menos recursos em produção, o chão de fábrica torna-se mais organizado e limpo;
Redução de Área/ Espaço Físico: A organização resulta em um melhor aproveitamento do espaço, e o lean ainda contribui para redução nos estoques e inventários;
Melhoria da Qualidade: Autocontrole da qualidade do produto e do processo realizado pelo operador, contribui para eliminar ou reduzir refugos, retrabalhos e reclamações de clientes;
Aumento da Produtividade: O melhor aproveitamento de recursos que são transformados em produto final resulta em redução de retoques e retrabalhos, o que contribui significatimente para a produtividade de operadores e máquinas;
Adequação dos Recursos à Demanda: A indústria que opera com excesso de capacidade é impactada por ociosidade e maiores custos com processos logísticos. Com lean, ela elimina excessos e desperdícios;
Redução do Tempo do Processo Produtivo: A manufatura enxuta utiliza menos recursos e processa menos materiais ao mesmo tempo, o que reduz o tempo de produção de cada lote;
Maior Envolvimento dos Operadores o Processo: O trabalho do operador do chão de fábrica passa a ser melhor aproveitado e mais participativo, de modo a tornar toda a mão de obra mais estratégica.
Referências Bibliográficas
ANTUNES, Junico. Sistemas de Produção: Conceitos e práticas para o projeto e gestão da produção enxuta. Porto Alegre: Editora Bookman, 2008.
GHINATO, P. Produção & Competitividade: Aplicações e Inovações, 2000.
MOREIRA, Daniel A. Administração da produção e operações. 2ª Ed. Ver. E ampl. São Paulo: Cengage Learning, 2012.
OHNO, T. Sistema Toyota de Produção – Além da Produção em Larga. Porto Alegre, 1997.
ROTHER, M.; SHOOK, J. Aprendendo a enxergar: Mapeando o fluxo de valor para agregar valor e eliminar desperdício. São Paulo: Lean Institute Brasil, 2003.
SHINGO, Shingeo. O Sistema Toyota de produção do ponto de vista da Engenharia de Produção. 2ª Ed. Porto Alegre: Bookman, 1996
WOMACK, James, JONES, Daniel. A mentalidade enxuta nas empresas: elimine o desperdício e crie riqueza. 11. reimpr. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
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